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Cuiabá, 09 de Maio de 2024
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05 de Fevereiro de 2016, 17h:23 - A | A

JUDICIÁRIO / DÓLARES EM CASA

Ex de Pedro Nadaf diz que dinheiro encontrado pelo Gaeco é troco de viagens

Geiziane negou que o dinheiro encontrado em sua residência seja fruto de propina. Ela também negou que tinha conhecimento sobre o esquema fraudulento, afirmando que os cheques da Tractors Parts foram depositados em sua conta por Nadaf para despesas.

DA REDAÇÃO



Ex-mulher de Pedro Nadaf (ex-secretário de Indústria e Comércio, Fazenda e Casa Civil), a psicóloga Geiziane Rodrigues Antelo, disse em depoimento à Justiça, nesta sexta-feira (5), que os  US$ 2,3 mil apreendidos na casa dela, cerca de R$ 9, 2 mil, em setembro do ano passado, não seriam fruto de propina, mas sim ‘troco’ de viagens feitas ao exterior.

O valor foi encontrado pelo Grupo de Atuação Especializado e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante a “Operação Sodoma”, que apura a concessão de incentivos em troca de propina a grandes empresas de Mato Grosso e que culminou na prisão de Nadaf, assim como do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do ta,bém ex-secretário de fazenda Marcel de Cursi.

Segundo ela, só ficou sabendo dos depósitos de cheques em nome da Tractor Parts em sua conta pessoal por meio das investigações do MPE. “Os depósitos eram feito pelo Pedro [Nadaf] para pagar as contas de casa”, afirmou.

À juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane de Arruda, Geiziane Rodrigues disse que fez várias viagens aos Estados Unidos, sendo que a última precisou ser cancelada devido à operação da Polícia Civil.

Seria exatamente nesta viagem que ela disse que pretendia usar o restante do dinheiro. Segundo a ex-esposa de Nadaf, o valor não tem nenhum tipo de relação com o suposto pagamento de propina no qual o ex-secretário é apontado como réu.

A psicóloga também nega ter feito parte do esquema de corrupção que se instalou na extinta Secretaria de Estado de Indústria, Comércio Minas Energia (Sedec).

Segundo ela, só ficou sabendo dos depósitos de cheques em nome da Tractor Parts, empresa que pagava os envolvidos para obter incentivos ilegais do governo, em sua conta pessoal por meio das investigações do Ministério Público Estadual (MPE). “Os depósitos eram feito pelo Pedro [Nadaf] para pagar as contas de casa”, afirmou.

Os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel de Cursi (Fazenda) e o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) estão presos acusados de crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção passiva.

O esquema foi deletado pelo empresário João Batista Rosa após e alegar ao MPE ter pago propina no valor de R$ 2,6 milhões, em cheques, dinheiro e via transferência bancária, ao então secretário Nadaf, para não ser cortado do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

A proposa do programa, criado em 2003, tem como objetivo expandir, modernizar e diversificar as atividades econômicas de Mato Grosso, com ênfase na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades sociais e regionais.

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