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Cuiabá, 05 de Maio de 2024
05 de Maio de 2024

04 de Janeiro de 2017, 15h:10 - A | A

JUDICIÁRIO / "GRÃO VIZIR"

Assessoria volta atrás e nega pedido de prisão contra Alan Malouf

Dono do Buffet Leila Malouf é apontado como um dos líderes do esquema de corrupção em obras na Secretaria de Educação

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Após confirmar que o empresário Alan Malouf poderia voltar para a cadeia a qualquer momento, por conta de uma suposta apelação do Ministério Público Estadual (MPE), contra o mandado de soltura expedido no dia 24, a assessoria de imprensa do dono do Buffet Leila Malof voltou atrás e disse que a ação não tinha sido oficialmente confirmada pelo Poder Judiciário.

Anteriormente, a assessoria chegou a confirmar que o caso seria analisado o desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça, mas depois negou que a situação esteja confirmada.

Sem mudanças, Malouf continua livre, conforme o mandado de soltura expedido pela juíza Maria Rosi Meire Borba, plantonista na 7ª Vara Criminal, na noite de 24 de dezembro. 

Alan Malouf passou 10 dias preso no Serviço de Operações Especiais (SOE), desde que foi deflagrada a operação “Grão Vizir”, desdobramento da Operação Rêmora, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Ele é apontado como um dos líderes do esquema de fraudes em licitações de obras da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc).

Após a prisão, o empresário prestou depoimento aos promotores que acompanham a operação Rêmora e rebateu as declarações do empresário Giovani Guizardi, réu e delator na mesma ação penal, dizendo que não é o líder da organização criminosa formada para cobrar propinas de empreiteiros com obras junto à Seduc, mas sim o próprio Guizardi.

Giovani, por sua vez, afirma que Malouf teria investido R$ 10 milhões em caixa dois na campanha do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014, e que por isso o convidou para o esquema na Seduc, que visava ressarcir os valore empregados em prol do grupo político tucano. 

Operação Grão Vizir

A operação prendeu Alan Malouf no dia 14 de dezembro, após Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora, fazer acordo de delação premiada com o MPE, depois de ficar sete meses na cadeia, e citar o empresário como o principal nome do esquema de fraudes.

Segundo Guizardi, 50% da propina arrecadada eram entregues ao dono do buffet, que dividia o montante com o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB). 

Na delação, Guizardi também afirmou que o grupo lucrou ao menos R$ 1, 2 milhão com a cobrança de propina.

 

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