JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Os dois criminosos que participaram de uma tentativa de assalto na casa do policial militar da reserva, major Claudemir Gasparetto, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande, em fevereiro de 2011, devem ser intimados a depor nos próximos dias na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.
Ao RepórterMT, o delegado Silas Tadeu, disse que os dois estão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE) e podem ser suspeitos de terem mandado executar o major. A vítima foi morta com cinco tiros, na noite desta terça-feira (18), quando chegava na casa dele, no bairro Planalto Ipiranga, em VG.
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“Toda e qualquer informação que chegar na Polícia sobre o crime, nós vamos analisar a veracidade dos fatos e se acharmos plausível, vamos investigar a fundo. Como esses dois detentos participaram de um assalto na casa do major e teve um dos comparsas morto pelo PM, temos essa suspeita de retaliação (vingança). Por isso, nos próximos dias eu vou fazer o pedido na Justiça para ouvi-los”, destacou.
O delegado negou que o corpo de um homem, identificado apenas como Douglas, encontrado com várias marcas de tiro no rosto, em um fumódromo (boca-de-fumo), no bairro da Manga, em Várzea Grande, seja de um dos suspeitos de terem participado da execução do major. A informação é que a vítima seja usuária de drogas e foi assassinada diante de uma dívida com traficantes da região.
ASSALTO FRUSTADO
Os dois detentos que devem ser ouvidos na DHPP invadiram junto com o jovem Djon Robert Luna Carvalho a casa do major no dia 12 de fevereiro de 2011. Eles renderam a filha do policial, porém Claudemir percebeu a ação criminosa e surpreendeu os bandidos entrando em luta corporal com eles. Na briga, o policial atirou e matou Djon, além de balear os outros dois assaltantes que conseguiram fugir, mas foram presos em seguida.
O CASO
Por volta das 20h, o major estava chegando em casa em um VW Voyage, quando dois criminosos se aproximaram em um Ford Ecosporte, de cor vermelha.
"O carro dos bandidos 'emparelhou' com do policial. Com isso, um dos criminosos sacou uma arma e atirou várias vezes no major, que não teve nem tempo de sacar sua pistola", explicou um policial.
Claudemir foi baleado nas costas, no tórax e na cabeça. Inconsciente, ele foi levado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ao Pronto Socorro de Várzea Grande, mas morreu durante o atendimento médico.
Antes de se aposentar, Gasparetto trabalhou no Palácio Paiaguás como integrante da equipe de segurança do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR).
O major é pai do tenente Gasparetto lotado no 24º Batalhão da PM, no bairro São João Del Rey, em Cuiabá.